domingo, 8 de maio de 2011

Uma filha cidade ou uma cidade mãe

Imagem: internet

Neste 08/05/2011, dia das mães, nós do blog Conheça Pelotas, queremos dividir com você leitor este belo texto publicado no jornal Diário Popular, que homenageia não só a todas as mães, como também, a nossa linda cidade que é a grande mãe de todos nós pelotenses:

A proximidade do Dia das Mães me levou a uma reflexão deveras estranha

Se as cidades tivessem mãe, quem seria a mãe de uma cidade como Pelotas?

Por dias e dias muitas opções percorrem o meu imaginário

Seria a pelota? Aquela embarcação feita de couro que fazia a travessia pelos rios

Seria a Princesa do Sul? Epíteto dado à cidade fazendo referência aos campos do Sul

Seriam as charqueadas? Primeira fonte econômica que se espalhou pelas margens do Arroio Pelotas

Seria a própria colonização? Que iniciou em 1780, formada por agricultores açorianos, fortalecida alguns
anos mais tarde por colônias de imigrantes europeus na região serrana e por estancieiros e seus escravos na região das planícies

Seria a Catedral? A primeira igreja construída em 1813, depois de autorizada à criação da Freguesia de São Francisco de Paula

Seriam as baronesas? Ou seriam as escravas?

Será a arquitetura? Que traz brilho, glamour e elegância para este lugar

Serão as doceiras? Que adoçam com carinho a nossa vida

Muitos poderiam ser considerados criadores desta cidade

A música, a literatura, a arte, a educação.

Hum! Diversos desses elementos simbólicos

Que nos levam a navegar por sua história

A flutuar por sua cultura

A velejar por suas tonalidades

A caminhar por seus sabores

A flanar descobrindo seus aromas

Mas ao analisar a complexidade de Pelotas

Estou para concluir que quase completando seus 200 anos Pelotas é mais mãe do que filha

Podendo ser considerada a mãezona da Zona Sul,

Uma referência da Costa Doce,

Onde sua trajetória passa ser seguida, compartilhada e admirada

Com seu espírito agregador, Pelotas acolhe, cuida e alimenta nossos sonhos

É a porta de entrada para aflorar a esperança

É o caminho para o recomeço

Pouco importa a denominação certa: mãe ou filha

Quando o que ressoa em minha mente e em meu coração neste domingo comemorativo é a musicalidade de Kleiton e Kledir repleta de amor por este lugar...

”Terra de todos meus sonhos

Princesa do Sul bonita,

O meu amor não tem fim,

Como uma rua infinita.

Pelotas minha cidade

Lugar onde eu nasci,

Ando nos braços do mundo,

Mas sempre volto pra ti!”

Por: Taciane Corrêa, jornalista, publicitária, especialista em Marketing e Gastronomia e mestre em Comunicação, tacianecorrea@terra.com.br

domingo, 3 de abril de 2011

Espaço do leitor


Visão noturna do centro de Pelotas
Foto enviada pelo leitor André Luiz N. Barreto

Se você tem fotos de Pelotas e quer ver publicadas aqui, mande para conhecapelotas@hotmail.com

terça-feira, 22 de março de 2011

Espaço do leitor


Super Lua no bairro Fragata, em Pelotas/RS - 19/03/2011
Foto enviada pelo leitor Fábio Fonseca

domingo, 20 de março de 2011

Super Lua na praia do Laranjal dia 19/03/2011








Fotos: P.E. & M.B. Sastre

Obs: Se você tem fotos da Super Lua em Pelotas, envie pra gente: conhecapelotas@hotmail.com

sexta-feira, 11 de março de 2011

São Lourenço do Sul. Contas para contribuições.

A prefeitura municipal de São Lourenço do Sul divulgou nesta sexta-feira (11) duas contas correntes para as contribuições em dinheiro destinadas às vítimas das fortes chuvas que atingiram a cidade. Todos que quiserem contribuir podem depositar sua ajuda no Banco Banrisul Agência 0870 C/C: 04.029179.0-7 ou ainda na Caixa (CEF) Agência 0512 C/C: 006.269-3.

Urgente! São Lourenço do Sul e Turuçu precisam de ajuda.

Foto: internet
A Defesa Civil do Rio Grande do Sul realiza, desde às 3h desta quinta-feira, em São Lourenço do Sul, na região do Sul do Estado, o resgate das vítimas da enxurrada que deixou mais de 300 famílias ilhadas no município e interditou a BR-116, entre Porto Alegre e Pelotas.

"Mais de 50% da cidade, principalmente a zona urbana, está com água entre 2,5 metros a 3 metros de altura. Estamos com dois helicópteros de busca e salvamento da Brigada Militar retirando as pessoas que estão nos telhados e aguardamos por embarcações dos bombeiros", explicou o subchefe estadual da Defesa Civil, major Oscar Luís Moiano, acrescentando que já houve contato com o 5º Distrito Naval de Rio Grande, que enviará aeronaves para ajudar no resgate.

"Estamos diante de um desastre. A cidade de São Lourenço está praticamente submersa pela força das águas do Arroio São Lourenço que transbordou e inundou a parte baixa da cidade, principalmente o Centro e a zona urbana, deixando pessoas ilhadas que se refugiaram nos telhados de suas casas", relatou o vice-governador do Estado, Beto Grill, que desde as 6h participa da coordenação das operações de salvamento, conduzidas pela Defesa Civil.
Grill destacou que a situação é muito grave e há necessidade da articulação de uma força tarefa para auxiliar na operação de resgate. "Os helicópteros da BM chegaram ao município e já começaram a retirar os feridos dos telhados. Utilizando um cesto suspenso e preso na aeronave, um policial consegue retirar entre duas a três pessoas por vez", explicou o major Moiano.

MORTES

A Defesa Civil montou uma estrutura médica com ambulâncias em um campo de futebol localizado na área central de São Lourenço do Sul. Para lá, estão sendo levadas as pessoas resgatadas na região. Até as 10h, havia o registro da morte de um homem, de 80 anos, que teve um enfarto, não resistindo ao resgate. No início da tarde, mais uma morte foi confirmada pela Brigada Militar. Trata-se de uma idosa, de 76 anos, encontrada morta dentro de sua residência. Ela teria dificuldades de locomoção e não teria conseguido deixar a residência no momento em que o nível da água subiu.

Em Turuçu, o prefeito da cidade, Ivan Eduardo Scherdien, relatou que durante a madrugada cerca de 200 famílias foram retiradas de suas casas e levadas para o ginásio municipal. Durante o início da manhã, as águas chegaram a um metro de altura. Às 10h, quando às águas baixaram, as pessoas retornaram para as suas residências.

Uma forte chuva atingiu os municípios da região Sul do Rio Grande do Sul entre a tarde de quarta-feira e a manhã de quinta-feira. Pelo menos duas pontes da BR-116 ficaram submersas durante a madrugada, nos km 471 e 468, entre São Lourenço do Sul e Turuçu. O trecho foi interrompido e a polícia rodoviária recomenda desvio pela BR-290. (Com informações do governo do RS)


Informe-se na sua cidade como ajudar! Estas cidades estão precisando de água potável, material de higiene, alimentos, roupas, colchões...

domingo, 21 de novembro de 2010

Lobo da Costa

Imagem: internet

O poema do post anterior é do pelotense Francisco Lobo da Costa.

Lobo da Costa nasceu em 12 de julho de 1853 e partiu muito jovem, com apenas 34 anos de idade.

Filho de Antônio Cardoso da Costa e de Jacinta Júlia da Costa, um casal de classe média, Lobo da Costa despertou para a poesia aos doze anos de idade, ao publicar, no jornal Eco do Sul, um poema em que celebrava a retomada de Uruguaiana pelas tropas brasileiras, durante a Guerra do Paraguai.

Aos quinze anos, empregado na estação de telégrafo local, ele já lia e recitava Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. Inspira-se em Gonçalves Dias para criar uma poesia de temática indianista. Aos dezesseis anos, escreveu Heloísa, trabalho de ficção, em que demonstra sua preocupação com as desigualdades sociais.

A partir daí, começa a publicar com frequência seus poemas em jornais nos quais trabalha como redator e repórter. Criou, em 1869, um semanário literário, A Castália, que circulou até o ano seguinte.

Em 1874, viaja para São Paulo com o propósito, não concretizado, de estudar Direito. Lá convive com estudantes e intelectuais e leva uma vida boêmia que prejudica sua saúde. Publica Lucubrações nesse ano. Debilitado pela doença, parte de São Paulo em 1875, com destino à terra natal, mas acaba por se estabelecer por algum tempo na Ilha do Desterro, atual Florianópolis.

De volta a Pelotas, em 1876, a vida boêmia e desventuras amorosas lhe trazem conflitos com a conservadora sociedade local. Casou-se em 1879, em Jaguarão, com Carolina Augusta Carnal, com quem tem uma filha, Amanda.

A partir de 1881, perambula por várias cidades do Rio Grande do Sul, colaborando com jornais locais e compondo poesias. Em 1883, por encomenda de um grupo amador de Dom Pedrito, escreve uma peça teatral, O Filho das Ondas

Em 1885, é internado pela primeira vez e, a partir daí, sua vida se divide entre hospitais e bares. No dia 18 de junho de 1888, deixa sem autorização a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e se dirige a uma região de bares chamada de Santa Cruz. No fim da tarde de inverno, é visto em tal região bebendo. É encontrado morto na manhã seguinte por um carroceiro, estando nu, caído numa vala tomada pelas águas da chuva. Ladrões haviam roubado seus pertences e suas roupas.

A obra poética de Lobo da Costa foi publicada em jornais, em especial Eco do Sul, Diário de Pelotas e Progresso Literário. Alguns de seus poemas mais conhecidos são: Isabel, Fragmento, Sombras e Sonhos, Amor, Melodias, Aquele Ranchinho, Os Romeiros da Morte e Adeus.

De acordo com Guilhermino César, Lobo da Costa publicou o romance Espinhos d'Alma em 1872, na cidade de Rio Grande. Em edições póstumas, poesias suas foram reunidas em Dispersas e em Auras do Sul.

Em 1985, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) publicou em livro seu poema épico, Epopéia Farroupilha.