domingo, 24 de maio de 2009

FORCA EM PELOTAS?

Foto: internet


Segundo Nelson Nobre Magalhães, em sua coleção "Pelotas Memória", em meados de 1850, havia uma forca na cidade de Pelotas. Esta se localizava onde hoje é o Parque Dom Antônio Zattera (antiga Praça Júlio de Castilhos) sendo mais tarde transferida para a Rua Urbano Garcia, ao lado do Santa Bárbara.
Além de um negro executado por crime de homicídio, também foram enforcados os escravos: Salvador, Bento e João por assassinato do patrão do iate "Quibebe".
O escravo de nome Belisário por esfaqueamento de Manoel Montaño e esposa e outro escravo que assassinara o capataz da charqueada de José Antônio Moreira.
O condenado, vestido de túnica branca, era acompanhado, durante todo o seu trajeto à forca, pelo povo e pelo Santíssimo Sacramento.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Pelotas da arte, da magia, do espetáculo e do sonho...


No começo tudo foi muito difícil.
João Bachilli e um grupo de amigos que fazia ginástica olímpica resolveu se unir, dedicando-se a acrobacias, há mais de 21 anos - 1987, com participação do TEP - Teatro Escola de Pelotas e da amiga Bartira Franco.
Participavam alunos do TEP e pessoas da comunidade. Passavam um bom tempo treinando, pesquisando, fazendo animações, como palhaços, inclusive, o próprio João, sem pretensões de números...
Faziam pequenas montagens, aberturas de eventos, como Fenadoce e Fecriança e com isso foram conquistando espaços maiores.
A primeira incentivadora foi Berê Führo Souto, pois o grupo de amigos treinava na Academia Estímulo (de propriedade de Berê).
Segundo João Bachilli, no começo tudo foi extremamente difícil, muitos se apresentavam de pés descalços, pois não tínham sapatilhas e nem dinheiro para comprá-las. Eram vários alunos, vários grupos diferentes.
Não havia a estrutura de hoje para oferecer qualidade maior de treinamento, e o grupo não possuía tempo disponível. Tudo era muito corrido...
Com o tempo, passaram a treinar no Colégio Municipal Pelotense, com apoio do professor Luiz Eduardo Nogueira, o Adinho, então diretor, grande incentivador do Tholl, que também conta até hoje com apoio e colaboração da diretora, professora Marita, por quem o Tholl tem imenso carinho.
Aos poucos, começaram a aparecer mais integrantes para participar do Grupo, passaram a ter mais tempo para os treinos e puderam qualificar mais cada um dos integrantes.
O Grupo Tholl ficou sediado no Pelotense por seis anos.
Diz Bachilli: “Ensaiávamos Tholl diariamente, todos os dias da semana, almoçávamos todos na minha casa ou em algum restaurante quando havia dinheiro”, lembra com carinho, revelando que “com o trabalho de animação começando a surgir, a gente abriu mão do cachê para comprar os apetrechos para o espetáculo. Aos poucos fomos comprando... E aí está o Tholl”.
Faltava uma semana para a estréia e tivemos muita sorte sorte. Creio que estávamos “bem assistidos”, pois apareceu um trabalho grande de animação, entrou dinheiro e fizemos o primeiro espetáculo no Theatro Sete de Abril.
Casa lotada, o que não foi um parâmetro, pois a maioria das pessoas era das nossas famílias e amigos.
Após mais um espetáculo, em 2002 ou 2003, apareceram mais pessoas, pediam cenas, empresas passaram a contratar o Grupo.
Então apareceram amigos, lembra Bachilli, “a jornalista Elaine Acosta e Paulo Martins, que abraçaram a produção, pois não tínhamos tempo para isso e o tempo que tínhamos não podíamos perder, ensaios... quando se faz tudo junto, não se consegue aprimorar”.
Após a contratação da produção, o Grupo passou a investir mais em si, treinar mais ainda e o espetáculo chegou mais perto do que é hoje.