domingo, 21 de novembro de 2010

Lobo da Costa

Imagem: internet

O poema do post anterior é do pelotense Francisco Lobo da Costa.

Lobo da Costa nasceu em 12 de julho de 1853 e partiu muito jovem, com apenas 34 anos de idade.

Filho de Antônio Cardoso da Costa e de Jacinta Júlia da Costa, um casal de classe média, Lobo da Costa despertou para a poesia aos doze anos de idade, ao publicar, no jornal Eco do Sul, um poema em que celebrava a retomada de Uruguaiana pelas tropas brasileiras, durante a Guerra do Paraguai.

Aos quinze anos, empregado na estação de telégrafo local, ele já lia e recitava Castro Alves, Casimiro de Abreu, Gonçalves Dias e Álvares de Azevedo. Inspira-se em Gonçalves Dias para criar uma poesia de temática indianista. Aos dezesseis anos, escreveu Heloísa, trabalho de ficção, em que demonstra sua preocupação com as desigualdades sociais.

A partir daí, começa a publicar com frequência seus poemas em jornais nos quais trabalha como redator e repórter. Criou, em 1869, um semanário literário, A Castália, que circulou até o ano seguinte.

Em 1874, viaja para São Paulo com o propósito, não concretizado, de estudar Direito. Lá convive com estudantes e intelectuais e leva uma vida boêmia que prejudica sua saúde. Publica Lucubrações nesse ano. Debilitado pela doença, parte de São Paulo em 1875, com destino à terra natal, mas acaba por se estabelecer por algum tempo na Ilha do Desterro, atual Florianópolis.

De volta a Pelotas, em 1876, a vida boêmia e desventuras amorosas lhe trazem conflitos com a conservadora sociedade local. Casou-se em 1879, em Jaguarão, com Carolina Augusta Carnal, com quem tem uma filha, Amanda.

A partir de 1881, perambula por várias cidades do Rio Grande do Sul, colaborando com jornais locais e compondo poesias. Em 1883, por encomenda de um grupo amador de Dom Pedrito, escreve uma peça teatral, O Filho das Ondas

Em 1885, é internado pela primeira vez e, a partir daí, sua vida se divide entre hospitais e bares. No dia 18 de junho de 1888, deixa sem autorização a Santa Casa de Misericórdia de Pelotas e se dirige a uma região de bares chamada de Santa Cruz. No fim da tarde de inverno, é visto em tal região bebendo. É encontrado morto na manhã seguinte por um carroceiro, estando nu, caído numa vala tomada pelas águas da chuva. Ladrões haviam roubado seus pertences e suas roupas.

A obra poética de Lobo da Costa foi publicada em jornais, em especial Eco do Sul, Diário de Pelotas e Progresso Literário. Alguns de seus poemas mais conhecidos são: Isabel, Fragmento, Sombras e Sonhos, Amor, Melodias, Aquele Ranchinho, Os Romeiros da Morte e Adeus.

De acordo com Guilhermino César, Lobo da Costa publicou o romance Espinhos d'Alma em 1872, na cidade de Rio Grande. Em edições póstumas, poesias suas foram reunidas em Dispersas e em Auras do Sul.

Em 1985, a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) publicou em livro seu poema épico, Epopéia Farroupilha.

domingo, 14 de novembro de 2010

Você sabe quem é esse poeta pelotense?

Imagem: internet


Adeus! eu vou partir. Por que soluças?

Não brilha o pranto, a dor, à luz da festa,

Nem a rosa, por pálida e modesta,

Deve pender a fronte ainda em botão...

Que eu te diga este adeus — manda o destino!

Eu sou náufrago vil, sem norte ou guia,

Açoitado por ventos de agonia

Nas cavernas fatais do coração.


Chorarás no momento em que eu te deixe,

Ou, quando perto eu for da tua herdade,

Passarás uma noite com saudade;

Mas a aurora trará mimos a flux...

E desperta de um sonho que te aflige,

Os passos sulcarás d'almo folguedo,

Esquecida daquele que tão cedo,

Sem amparo caiu vergado à cruz.


Trará o esquecimento alívio às dores;

Muitos dias talvez virão por este,

E das bagas do pranto que verteste

Brotarão os jasmins de um novo amor...

Cantarão no teu lar os passarinhos,

Muitas flores virão com a primavera,

E de mim ficará de uma outra era

Agudo espinho de saudosa dor.


Bem sei... há de custar-te a minha ausência,

Enquanto a ela tu não te acostumas.

Mas, ah! que nunca choram as espumas,

Quando soltas das vagas vão além!

É fatal, bem eu sinto, este momento!

Lisonjeia-me a dor do que não valho...

Olha: o manso gatinho no borralho,

Parece que a me olhar chora também.


Teu cãozinho de neve que tu amas,

No latido gentil, como que implora

Que eu não faça chorar sua senhora,

Ou pedindo-me em prantos, que eu não vá...

Mas quem sabe, se um dia, quando os tempos

De novo me trouxerem a estas plagas,

Não serás, ó cãozinho que me afagas,

O primeiro que então me morderá!

 
De lágrimas se funde o esquecimento

Com que algema o sentido mais dileto,

Não há, por mais gentil que seja o afeto,

Quem se possa eximir àquela essência.

É gelo que entibia as flores da alma,

É fogo que consome alto destino.

E já vês, ó meu anjo peregrino,

Que não deves chorar a minha ausência.


Irei por sobre as ondas desfolhando

As flores da saudade, uma por uma;

Como elas, que fogem sobre a espuma,

Quem me diz onde irei? onde pairar?

E tu ficas à sombra de teus lares,

Sorrindo de ventura, anjo celeste,

E eu, quem sabe! se à sombra de um cipreste

Num profundo dormir — sem despertar


O tempo que corrói a pedra bruta,

Também destrói os frutos da memória.

Mal fora se, na vida transitória,

Não sucedesse ao golpe a cicatriz.

— Tudo arrasta da vida a vaga irosa,

O Sol que amanheceu baixa ao poente...

Só há uma saudade permanente,

— A saudade da mãe e a do infeliz.


Nunca viste a donzela lacrimosa

Curvada no ladrilho mortuário,

Beijando o esquife negro e solitário

Em que dorme o despojo maternal?

E dois anos após... nem tanto ainda!

Da festa no esplendor vir, orgulhosa,

Passando muitas vezes junto à lousa,

Sem lembrar-se do anjo do casal?


Já viste a triste mãe que um berço embala,

Velando uma criança adormecida,

Consagrando-lhe esperança, amor e vida,

Capaz de se finar se ela morrer;

E após, se a idade veste-a de esplendores,

Tornar-se seu algoz, ser seu patíbulo,

E ir vendê-la nas portas do prostíbulo,

Como rês inocente — a quem mais der?!


Nunca viste o mendigo esfarrapado

Beijar a mão bondosa que o ampara,

E depois, se a fortuna se lhe aclara,

Como Pedro negar ao próprio Cristo?

Nunca viste o impudor — calcando o pejo,

A dor desafiando — gargalhadas,

Em troca de carícias — punhaladas!

Nunca viste? Pois eu já tenho visto.


Só guarda uma saudade quem por fado

Teve a dor do proscrito, a do abandono.

Assim, se eu não morrer, se o eterno sono

Não for além dormir, pomba adorada,

Lembrarei teus encantos e meiguices,

Chorarei de saudade — embora rias,

Cobrindo com meu manto de agonias

Os espinhos da cruz que me foi dada.


E se um dia nas praias do futuro

Rolar o meu cadáver de descrente,

Sepulta-o junto à margem onde a corrente

Só muda quando em fluxo recresce...

Onde os salgueiros têm as mesmas folhas

E é sempre a mesma viração sombria,

Onde só muda o Sol quando anoitece.


No próximo post, a biografia do autor deste poema...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

sábado, 28 de agosto de 2010

Artes e Idéias!


O blog Conheça Pelotas vem convidar a todos para conhecer mais uma bela loja da nossa cidade, um lugar encantador onde você encontra artesanatos, cerâmicas, quadros, potes, caixas, porta-retrato, tudo muito lindo! Caixas organizadoras, caixas para bebê, porta-óculos, porta-gravatas, caixas redondas com bichinhos e também os produtos do Projeto CAZAR: anjinhos, sachês, chaveiros, marcadores de livros

As meninas do Projeto Cazar visitam e ajudam as crianças da UTI Santo Antônio em POA, é um belo trabalho!


Este projeto foi criado por um grupo de voluntárias, em novembro de 2001, com o objetivo de promover ação social em creches, asilos e hospitais. Em agosto de 2004, passou a atuar na UTI Pediátrica do Hospital da Criança Santo Antônio - onde permanece até hoje - e no Instituto do Câncer Infantil.

A sigla CAZAR significa: "Caridade, amizade, zelo e amor com responsabilidade" e busca proporcionar momentos felizes às crianças internadas na UTI, como também aos seus pais e responsáveis.

Em julho de 2008, com base no Projeto CAZAR foi criada a Associação "Raios de Sol" que poderá criar, sugerir, promover, colaborar, coordenar ou executar ações ou projetos visando a saúde em nível primário, secundário e terciário; a segurança alimentar e nutricional; a cultura; a educação; a assistência social; a promoção do voluntariado e a promoção de estudos e pesquisas que digam respeito às atividades supra mencionadas.

A dedicação às atividades previstas configura-se mediante a execução direta de projetos, programas, planos de ações correlatas, por meio de doação de recursos físicos e financeiros ou, ainda, pela prestação de serviços intermediários de apoio a outras associações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que atuem em áreas afins.
 A loja Artes e Idéias tem os produtos produzidos pelas meninas do Projeto Cazar (anjinhos e marcadores de livro de bichinhos feito por elas mesmas) tudo muito lindo e em prol de uma causa muito nobre!

Venha conhecer! O endereço é Dom Pedro II, 656. Pertinho da UCPEL.

domingo, 18 de julho de 2010

Saudosismo


Segundo os dicionários de nossa língua portuguesa, a palavra saudosismo significa "afeto, apego ou louvor ao passado".

Pois bem, o post de hoje não traz imagens (pois não as encontrei), mas traz um imenso saudosismo...

Todos sabemos que a economia de Pelotas é gerada, em grande parte, pelo seu comércio. Um comércio à moda bem tradicional, sem shoppings, feito de lojas grandes ou pequenas, dos mais variados tipos, muitas delas são novas, mas outras, inseridas há décadas no mercado.

Quem nasceu e cresceu aqui na cidade, deve lembrar de alguns estabelecimentos muito marcantes que existiram e que deixaram grande saudade. Não achei fotos, mas quem não lembra das Lojas Mazza que ficavam na rua Andrade Neves? A Mesbla, no calçadão, a Joalheria Pinto Ferreira, A Predileta, A Principal,  Loja Rivoli do saudoso seu Elias, figura inigualável, Relojoaria Nacional e o Covinha? Primeira escada rolante em Pelotas, quem lembra? Lojas Riachuelo!

Livraria do Globo, Procópio e Procopinho, Passocerto Calçados. Comprar um LP ou uma fita K7? Era na Beiro Discos e Fitas, ao ladinho da  Panificadora Luso, ali pertinho das "As Brasileiras", loja que encantava meus olhos de criança com tantos brinquedos...

Quem se lembra do supermercado Real na esquina da Osório com Mal. Floriano?  Da loja A Coreana, Casa das Meias, Velocino Torres, A Formosa, Feira Carioca e da loja Arapuã?

São tantas... algumas daqui, outras de fora, mas que também marcaram... ficaram na lembrança...estas acima são as que me recordo, mas têm muitas que nem conheci, estas seus nomes estão gravados em uma coleção de lápis que tenho em casa, herança do meu pai, olhem só que interessante...


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Salve salve Pelotas querida!!!

Impossível não amar esta cidade...

Salve salve Pelotas querida


Formosíssima Terra do Sul

Em cada rua, em cada prédio, uma história para contar...


Tens coberta de glórias a vida

A cultura, a arte, a tradição...


Doce Pelotas, me encanta, me apaixona, me orgulha
Ser filha tua, Terra linda, que faz emocionar... 


Como é lindo o teu céu tão azul.

Parabéns Pelotas pelos seus 198 anos!!!

Sonho com você mais próspera, limpa, iluminada e bem cuidada por seus habitantes e governantes.

Que as pessoas aprendam a te amar, preservar, respeitar e te agradecer por toda essa beleza histórica que contemplas aos nossos olhos, durante todos os dias de nossas vidas.

E que um dia, todos possam sentir e vivenciar de verdade essa emoção que está gravada nas letras do teu hino:

Não há terra, no mundo grandiosa

Que te iguale no esplêndido brilho

De Pelotas a Terra, formosa

Tenho orgulho, também de ser filho.


No teu seio aparece, fulgura

Alegria, instrução e valor

São Gonçalo baixinho murmura

A canção da saudade e do amor.


Hei de sempre Pelotas te amar

E trazer-te na minha memória

Aprendi no teu seio chorar

E a sorrir nos momentos de glória.


Meus avós te souberam amar

Com orgulho carinho e respeito

E a morrer, me fizeram herdar

Esse amor que conservo no peito.


Salve salve Pelotas querida

Formosíssima Terra do Sul

Tens coberta de glórias a vida

Como é lindo o teu céu tão azul.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

CORPUS CHRIST




"Este é o meu corpo...isto é o meu sangue... fazei isto em memória de mim"

Quando Jesus disse esta frase na última Santa Ceia, a Eucaristia foi instituída.

A Eucaristia é um dos sete sacramentos adotados pela Igreja Católica, sacramentos estes que são considerados como sinais muito importantes que representam  a fé e a obediência dos fiéis a Deus. São eles: o batismo, a crisma, a confissão, a eucaristia, a ordem (sacerdotal), o matrimônio e a unção dos enfermos.

A festa de Corpus Christ foi instituída em  11 de agosto de 1264 pelo Papa Urbano IV, visto que, a Igreja Católica sentia a necessidade de realçar a presença real do Cristo.

Aqui em Pelotas, para celebrar o dia de Corpus Christ,  a cidade tem a tradição igual a muitas outras cidades brasileiras que é de estender longos tapetes coloridos (feitos de vários materiais como serragem, areia, casca de arroz), que são criados por fiéis inspirados na fé e na religiosidade. Os católicos passam a noite de véspera de Corpus Christ confeccionando estas obras de arte para que no dia da festa a procissão possa passar pelas ruas decoradas, em direção à Catedral São Francisco de Paula, onde posteriormente é celebrada a missa.










domingo, 11 de abril de 2010

Interior da Catedral São Francisco de Paula

Passeando pela internet encontrei no site http://www.flickr.com.br/ fotos do interior da Catedral São Francisco de Paula, de autoria do pelotense Marcos Lucas, que teve a sensibilidade de captar detalhes lindíssimos. Espero que apreciem...
As 3 últimas fotos são de minha autoria.
Bom domingo a todos!




segunda-feira, 15 de março de 2010

A beleza de Pelotas atravessa o oceano


Pelotas será cenário de novela Portuguesa.

A TVI (TV portuguesa) e a produtora Plural iniciaram sábado passado (13/03/2010) um período de gravações dos primeiros capítulos da novela "Espírito Indomável", que tem previsão de ir ao ar no mês de maio deste ano.

O cenário é das dependências das charqueadas Estância da Graça (1ª foto- fonte: internet) e Estância da Gruta (2ª foto - fonte: internet).

As gravações trarão a Pelotas 14 atores portugueses, além de 22 profissionais da equipe técnica.

Participará da novela a atriz pelotense Rossana Damé,  além de crianças e cerca de 100 pessoas como figurantes e dublês.

O cenário de época que Pelotas oferece compreenderá o primeiro e segundo capítulos, depois a história se passará na época atual e as cenas serão gravadas em Portugal.
Texto/fonte: Jornal Diário da Manhã - edição de 13/03/2010

segunda-feira, 8 de março de 2010

OS BONDES


Fotos/Fonte: www.pelotasvip.com.br, cedidas por Carlos Santos
Em 20 de outubro de 1915 teve início o tráfego de bondes.
As primeiras ruas por onde circularam foram: Marechal Floriano Peixoto, 15 de Novembro, 7 de Abril (D. Pedro II) e Vieira Pimenta (Marcílio Dias).
Os bondes circulavam em 20.761 metros e atingiam também os seguintes bairros: Porto, Fragata e Três
Vendas.
Serviço prestado por 40 anos, quando em 1955 foi desativado.

quarta-feira, 3 de março de 2010

PELOTAS: CENÁRIO DE FILME


Pelotas com sua formosa arquitetura, será cenário principal do filme "A Casa Elétrica".

Veja a notícia divulgada no site do clic RBS:

"Entre os dias 23 e 25 de março a cidade de Pelotas será o principal cenário das gravações do filme A Casa Elétrica, dirigido por Gustavo Fogaça e produzido pela Panda Filmes, de Porto Alegre.

A atmosfera de época do longa-metragem, que remete ao início do século passado, será construída com cenas nas ruas, com o apoio da prefeitura, mostrando a arquitetura conservada da cidade. As gravações também vão utilizar pontos turísticos de destaque como o Teatro Guarany.

filme conta a história de Savério Leonetti (Nicola Siri), imigrante italiano que criou em 1913 a primeira fábrica de gramofones e o segundo selo de gravação da América Latina, o “Gaúcho”. Nas cenas rodadas em Pelotas, está o momento em que o italiano apresenta sua marca para um dos principais empresários do meio musical da época, Alfredo Améndola (Jean Pierre Noher), dono da Atlanta Records.

As gravações também vão revelar encontros e desencontros entre o triângulo amoroso formado por Savério, Ana Beatriz (Carmela Paglioli) e Améndola. Há ainda desfechos da história de Olga (Morgana Kretzmann) com Aquiles Leonetti (Juan Arena), que vivem um romance reprovado pelo irmão dele, Savério.

Texto e foto: http://wp.clicrbs.com.br/pelotasmais/2010/03/02/gravacoes-do-filme-a-casa-eletrica-ocorrem-no-final-do-mes-em-pelotas/

sábado, 27 de fevereiro de 2010

VOCÊ RECONHECE A CIDADE DESTE COMERCIAL?

Texto e vídeo: bucomania http://www.youtube.com/watch?v=ZAAX7D1WPzg
Já viram a propaganda do novo Citroen C3?
Não se trata de uma cidadezinha do interior da França não...
Foi filmada inteiramente em Pelotas Em frente ao Teatro Guarany.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Charqueada São João, A casa das 7 mulheres!


A Charqueada São João foi construída em 1810 por Antônio José Gonçalves Chaves.


Antônio José Gonçalves Chaves, nascido em 1781 na Comarca de Chaves (nome que incorporou ao chegar no país), chegou ao Brasil em 1805.
Filho de Manuel José de Moraes e de Izabel Maria Gonçalves, foi casado com Maria do Carmo Secco e pai de Antônio José Gonçalves Chaves Filho.
Foi político, escritor, empresário e fazendeiro.

Em 1820 hospedou em sua propriedade o viajante francês Auguste de Saint- Hilaire, que era botânico e naturalista.

A Charqueada está localizada às margens do Arroio Pelotas, e é um dos lugares mais bonitos do Rio Grande do Sul.

A casa guarda uma parte da história do Rio Grande do Sul e foi comprada por Rafael Dias Mazza, em 1952, como presente para sua esposa Nóris Moreira Mazza.

Hoje em dia, é aberta à visitação turística guiada, na parte interna e externa, podendo fazer passeio de barco ou a cavalo, e desfrutar de almoço típico (carreteiro de charque e feijoada) para grupos previamente agendados. Possui amplo espaço para eventos, churrasqueiras, quadras de vôlei e futebol.

A casa ficou conhecida em todo Brasil pelo seu belo cenário exibido na minissérie "A Casa das Sete Mulheres" na Rede Globo, em 2003.
A minissérie baseou-se no romance de mesmo nome, da gaúcha Letícia Wierzchowski, lançado em abril de 2002 e com mais de 30 mil exemplares vendidos na época da minissérie.
A minissérie trazia a história uma personagem real chamada Manuela, vivida pela atriz Camila Morgado.
Manuela costumava ser apontada nas ruas de Pelotas, como a noiva de Giuseppe Garibaldi.
No romance, ambos rompem porque Manuela, não teve coragem de deixar a casa e acompanhá-lo.
Sofreu o resto da vida por isso: nunca se casou e teve uma vida solitária, enquanto seu amado viveu uma outra história de amor com a revolucionária Anita.
Conhecer a Charqueada é reviver um pouco da história da Revolução Farroupilha e dessa bela e triste história de amor entre Manuela e Garibaldi.
Texto/fonte de pesquisa: wikipédia
Fotos/fonte: internet